segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Tchaikovsky - Bailados - A Bela Adormecida

O bailado A Bela Adormecida (Op. 66) foi o segundo composto por Tchaikovsky. Do primeiro bailado O Lago dos Cisnes (Op. 20 ) já havíamos falado aqui.

O bailado A Bela Adormecida foi composto entre 1888 e 1889. O bailado foi uma encomenda de Ivan Vsevolozhsky (director dos teatros imperiais) tendo sido estreado em S. Petersburgo a 15 de Janeiro de 1890.

A história do ballet baseia-se no conto de Perrault com o mesmo nome embora na adaptação dos irmãos Grimm. Contrariamente ao que tinha acontecido no primeiro ballet Tchaikovsky trabalhou sobre instruções especificas do coreógrafo Maurice Petitpas o que explica a muito maior consistência da obra e conjugação entre o bailado e a música.

O Bailado é o mais extenso (com intervalos dura mais de 4 horas) de Tchaikovsky apesar de ter apenas 3 actos e um prólogo. Hoje em dia é muitas vezes encurtado para satisfazer o nosso infelizmente frenético ritmo de vida.

Este segundo ballet foi recebido de forma muito mais favorável do que o primeiro embora Tchaikovsky não tenha vivido suficiente tempo para ver esta obra tornar-se a peça de reportório clássico que hoje em dia é.

Vejam aqui um extracto deste ballet.

Maestro Karel Ancerl (1908-1973)

Karel Ancerl nasceu em Tucapy a 11 de Abril de 1908 tendo estudado no conservatório em Praga com Jaroslav Kricka (composição) e Pavel Dedecek (direcção de orquestra) e também Vaclav Talich que observava a dirigir a Orquestra Sinfónica da então Checoslováquia.

Mesmo antes da segunda grande guerra a sua carreira começava a despontar tendo obtido excelentes criticas em concertos que realizou em Viena (1932) e Amsterdão (1933). Com a invasão da Checoslováquia é retirado das suas funções enquanto maestro da Rádio Nacional e obviamente impedido de dirigir a Sinfónica Checa acabando por ser enviado para o campo de concentração de Teresin em 1942 e posteriormente para Auschwitz onde foi obrigado a "fazer" música em condições que conhecemos.

Após o fim da guerra tendo sobrevivido miraculosamente ao campo de concentração, Karel Ancerl torna-se maestro da sinfónica checa que dirige entre 1950 e 1968 tendo sido o grande responsável pela elevação dessa orquestra a um nível ímpar e ao nível das melhores orquestras europeias.

Em 1968 após a malograda Primavera de Praga Karel Ancerl resolve emigrar tendo ainda dirigido com sucesso algumas orquestras sinfónicas norte-americanas e canadianas. Porém os efeitos da estadia nos campos de concentração fizeram-se sentir e Karel apenas viveu mais cinco anos após ter abandonado o seu país.

Karel Ancerl faleceu no dia 3 de Julho de 1973.

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