terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Handel Water Music e Music for the Royal Fireworks

Embora tivéssemos já falado neste blog desta suite o post não me satisfaz totalmente e por isso aproveitando o facto de estar a completar a informação referente às 100 músicas clássicas (mais uma e que não é chinesa) vamos voltar a esta obra incluindo também neste post "Music for the Royal Fireworks" que é muitas vezes considerado em conjunto pelo facto de ambos serem especialmente adequados a interpretações ao ar livre.

Estas duas obras (tanto a Water Music como o Royal Fireworks) estão também estreitamente relacionados com o objectivo deste blog e desta lista.

Na verdade na altura em que Handel compôs estes temas o acesso do povo a este tipo de música era praticamente inexistente a não ser nas versões ultra-simplificadas que os músicos de rua reproduziam pelo que ouviam dos seus colegas. A existência destas performances públicas - no sentido que era possível assistir às mesmas qualquer que fosse a sua condição social - era uma ocasião para Handel dar a conhecer a sua arte. Existem razões para acreditar que o compositor tinha efectiva consciência deste facto e que por essa razão procurou nestas obras juntar todo o seu know how. O facto de centenas de milhares de pessoas terem assistido

Começando pela Water Music trata-se de um conjunto que foi aparentemente baseado em três suites que Handel já tinha previamente composto e que adaptou à circunstância do evento. Para saberem absolutamente tudo sobre estes dois concertos incluindo a integração histórica recomendo fortemente a obra do grande maestro Christopher Hogwood especialista em interpretações de época.

Das três suites a primeira HWV 348 em Fá Maior é a mais extensa estando dividida em 11 andamentos que podem ouvir aqui numa interpretação da Orquestra da The Hague Philarmonic Orchestra dirigida por Pierre Boulez (uma gravação de 1966). A segunda e a terceira suite possuem cada uma cinco andamentos.

A segunda obra a que fazemos referência "Music for the Royal Firework" foi estreada a 27 de Abril de 1749 para celebrar o fim da Guerra de Sucessão Austríaca.

   

3 comentários:

  1. Olá Fernando,

    Obrigada por ter escrito que esperava fielmente o meu regresso. Esta ausência que eu pensava ser curta (operação ao ombro do meu marido- ele está bem , felizmente) finalmente se revelou muito mais comprida e muito triste.
    A música clássica e particularmente o canto de música sacra ajudaram-me a superar os momentos difíceis na minha vida. A Missa Brevis nº 7 de Charles Gounod que cantei com o meu coro no nosso IVº ciclo de música sacra foi sempre cantada em homenagem aos que partiram em 2011. Às vezes, podia acontecer que os concertos não corriam como queríamos, por diversas razões, mas no meu caso, posso dizer que a energia, que emanava da minha alma quando cantava, nunca falhou !
    De Haendel, só canto o Canticorum Iubilo...

    Beijinhos
    Verdinha

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  2. Fizeram parte da minha iniciação à música clássica... A Water Music foi a minha obra favorita durante uns anitos, veja lá !

    Ouvi-a no Barbican, fascinado, mas a melhor experiência foi cá, com a Gulbenkian, no jardim da Quinta das Torres de Azeitão. Que cenário magnífico ! e no fim, com o beberete e petiscos, os músicos andavam pela quinta, aos pares ou em trios, a tocar bourrées e gigues junto às fontes e aos lagos ... inesquecível.

    A escolha de Robert King é de primeira, absolutamente fascinante e incomparável. Já a de Boulez, caro Fernando, permita-me uns !!!!!!!!!! de pasmo e terror. O homem nunca percebeu nada de música antiga, e esta gravação era de uma época em que nem de direção de orquestra sabia. Uma tortura. Gosta mesmo?

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  3. Je Vois la Vie en Vert: E esperava ... ainda bem que está tudo bem. Gosto muito de a voltar a ver por aqui e que a música permaneça na nossa vida mas agora por motivos mais alegres (há que variar :-))
    Màrio. Bom quanto a Boulez, ok. Não gosto particularmente nem sei se este post vai ficar com estes exemplos. Eu queria realmente incluir dois tipos de interpretações completamente diferentes mas ainda não me decidi relativamente ao segundo. Não não gosto muito deste, demasiado pastoso para meu gosto. Não vou ao ponto de considerar tortura mas não, não me enche as medidas.

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